segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Melhorar sistema de saúde é meta do governador eleito de Rondônia

Confúcio Moura foi eleito com quase 59% dos votos

O governador eleito de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), disse, em entrevista coletiva na noite deste domingo (31), que suas principais metas são melhorar o sistema de saúde e trabalhar pela regularização fundiária e ambiental. Ele garantiu que vai governar para todos.

- Vou ser o governador de todos os rondonienses, governar com os prefeitos e com a sociedade organizada.

Confúcio Moura acompanhou a apuração dos votos em sua residência em Ariquemes, junto com a família e amigos. Ariquemes é sua principal base eleitoral. Médico, Confúcio foi prefeito da cidade de 2005 a 2008 e releito em 2008.

O novo governador foi eleito com 422.707 (58,68%) votos. João Cahula (PPS) teve 297.674 (41,32%) votos e a abstenção foi de 25,64%.

Cahula é o governador em exercício, cargo que assumiu depois que o então governador Ivo Cassol renunciou para disputar uma vaga ao Senado.

Agência Brasil

Eleição de Dilma é marco histórico, afirmam deputadas petistas

A vitória de Dilma Rousseff, primeira mulher a presidir o Brasil, na avaliação das deputadas da bancada do PT na Câmara, representa uma ousadia e reforça o aprofundamento dos avanços iniciados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos oito anos.

Para a deputada Iriny Lopes (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a vitória de Dilma significa uma quebra de paradigmas.

"Depois da eleição de um operário (presidente Lula), um líder de esquerda da qualidade de Lula, a população brasileira elege a primeira mulher presidente. A escolha por Dilma é a confirmação de uma nova sociedade brasileira que reconhece a capacidade da mulher. Diria mais, é a própria mulher se enxergando no posto de comando mais alto de um País. Isso é muito importante para a nossa autoestima. A repercussão não será apenas na política, se dará também na vida diária dos brasileiros", disse. A vitória de Dilma, acrescentou, vai estimular outras mulheres a participarem da política. "Precisamos e queremos mais mulheres no três Poderes da República", defendeu.

Iriny Lopes avaliou ainda que a vitória de Dilma Rousseff, já no primeiro turno, é um avanço importante para a política brasileira e para a da América Latina. "Dilma não é a primeira presidente do continente latino-americano, mas é a primeira presidente de um País com o tamanho e a importância do Brasil", disse.

Na avaliação da deputada Fátima Bezerra (PT-RN), a eleição de Dilma representa um fato histórico de muita ousadia. "É algo inédito para um País como o Brasil eleger uma mulher presidente. E, mais ainda, é um fato histórico, porque não se trata de uma mulher qualquer, mas uma mulher que, pela sua biografia, mostra compromisso com a democracia, com a luta social e com a liberdade em defesa dos oprimidos". Ela também destacou que a ousadia dos brasileiros se repetiu, lembrando que há oito anos o Brasil elegeu um operário como presidente.

Igualdade - A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina na Câmara, afirmou que a eleição de Dilma é um marco histórico no processo republicano. "Primeiro, o Brasil elegeu um metalúrgico. Agora, uma mulher. Isso é importante para criar referências e as mulheres, a partir de agora, vão começar a participar mais politicamente porque terão alguém para olhar para elas. A eleição de Dilma é importante para o crescimento e organização das mulheres na política do nosso País", afirmou.

De acordo com a deputada Emília Fernandes (PT-RS), a eleição de Dilma é resultado de um projeto que transforma o Brasil. "Tenho certeza que Dilma será uma excelente presidente do Brasil, por sua competência e pela trajetória que ela sempre teve em defesa da igualdade, da democracia e da liberdade do povo", disse.

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS) a eleição de Dilma Rousseff significa o início de um novo momento para as mulheres. "A eleição de Dilma é um marco para as mulheres brasileiras, porque ela carrega consigo a condição feminina e o projeto de um Brasil cada vez mais justo. Ela segue o trabalho do presidente Lula e inaugura uma nova era para as mulheres brasileiras, de liberdade e igualdade de direitos", afirmou.

A deputada Cida Diogo (PT-RJ) avaliou que a vitória de Dilma representa uma mudança significativa na história política do Brasil. "Representa o orgulho de nós mulheres brasileiras vendo que, finalmente, o Brasil passa a reconhecer que a mulher pode ocupar cargos importantes como a Presidência da República. É um novo momento, um marco da política brasileira, da história do nosso país", disse.

Para a deputada Angela Portela (PT-RR) a grande vitória de Dilma Rousseff, a primeira mulher a chegar à Presidência da República, consolida uma transformação histórica que o Brasil está vivendo, iniciada com a eleição do primeiro presidente operário. "Representa também a opção dos brasileiros pela continuidade do trabalho iniciado pelo presidente Lula, preservando as conquistas econômicas e sociais dos últimos oito anos. Acredito que nossa presidente Dilma trará uma grande contribuição para este projeto de País, com mais riqueza, mais desenvolvimento econômico, com distribuição de renda para todos os brasileiros", concluiu.

www.ptnacamara.org.br

Líderes mundiais parabenizam Dilma Rousseff pela vitória

A escolha da petista Dilma Rousseff para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do Brasil pelos próximos quatro anos foi vista com bons olhos pelos presidentes Nicholas Sarkozy (França), Zapatero (Espanha), e pelos latino-americanos Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), os primeiros líderes mundiais a parabenizarem a primeira mulher eleita presidente do Brasil.

O presidente francês foi o primeiro a se manifestar em um comunicado emitido pelo Eliseu logo após a divulgação dos resultados oficiais. Sarkozy afirmou que a eleição de Dilma reflete o "reconhecimento do povo brasileiro pelo considerável trabalho feito pelo presidente Lula para fazer do Brasil um país moderno e mais justo". O presidente francês afirmou ainda que "França e Brasil compartilham os mesmos valores e uma visão comum do mundo".

Na América Latina, os principais líderes deram boas-vindas à petista. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez não poupou palavras para cumprimentar a eleita e afirmou que ela se tornará "uma gigante". "Vou mandar este beijo para a minha querida Dilma", disse Chávez em seu programa dominical “Alô, Presidente”.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, também parabenizou a petista dizendo que ela agora faz parte do “clube de companheiras do gênero”. Além das duas, a América Latina tem ainda outras duas mulheres comandando países: Laura Chinchilla, presidente da Costa Rica eleita também este ano, e Michelle Bachelet, chanceler chilena. Ao todo, 11 mulheres já assumiram a presidência de países latino-americanos.

A argentina telefonou na noite de domingo para Dilma e reafirmou a "indeclinável vontade de seguir trabalhando com o governo e nação irmã do Brasil para aprofundar a estreita e rica relação que une os dois países".

Argentina e Brasil, maiores sócios do Mercosul (também formado por Paraguai e Uruguai), mantêm uma sólida relação bilateral e posições comuns em muitos temas da política internacional.

"É um triunfo da democracia latino-americana", disse Morales ao comentar o resultado do segundo turno presidencial no Brasil, segundo a agência oficial ABI. A vitória petista também significa que a democracia voltou a triunfar em "uma América Latina unida que aposta na mudança", completou o presidente boliviano. O Brasil é o maior comprador de gás boliviano, com uma média de 30 milhões de metros cúbicos diários.

O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, felicitou em um telegrama a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff e desejou "êxito em nome do governo espanhol e do meu próprio".

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, parabenizou Dilma nesta segunda-feira (1º) e destacou o "significado histórico" da escolha da primeira mulher para governar o país. Em carta, Barroso recorda que recebeu a vencedora do pleito em Bruxelas em junho, quando ainda era candidata, e convida Dilma para uma nova visita.

"O Brasil é um lugar estratégico de primeira importância para a União Europeia. Compartilhamos valores comuns e objetivos estratégicos, tanto no que diz respeito a questões econômicas e financeiras, quanto na mudança climática e na liberalização do comércio mundial", assegura Barroso.

O Brasil, parceiro estratégico da UE desde 2007, é também o país da América Latina que recebe mais investimentos europeus diretos, algo em torno de 87 bilhões de euros.

Uol

Dilma constrói vitória no Nordeste, e Serra não consegue virada em MG

Sem Marina Silva (PV) na disputa, a vitória de Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) no segundo turno foi calcada numa maioria acachapante no Nordeste e em sólida votação obtida em Minas Gerais, segundo colégio eleitoral do país.

A petista derrotou o tucano em todos os Estados do Nordeste e teve 10,7 milhões de votos a mais do que seu adversário na região (com 99,9% das urnas apuradas). A vantagem de Dilma no país foi de 12 milhões de votos.

No Nordeste, a petista conquistou 70% dos votos, ante 30% de Serra.

Nos três maiores colégios nordestinos --Bahia (70,8%), Pernambuco (75,6%) e Ceará (77,3%)-- ela obteve vitória com mais de 70% dos votos válidos.

Mesmo nas duas "ilhas" da oposição na região, Alagoas e Rio Grande do Norte, Dilma conseguiu bater Serra.

A esperança dos tucanos para virar o jogo era um avanço significativo em Minas Gerais, reduto do correligionário Aécio Neves.

Dilma, entretanto, conseguiu equilibrar o cenário, saltando de 46,9% dos votos válidos no 1º turno para 58,5%. Serra passou de 30,8% para 41,5%. O mesmo ocorreu no Rio, onde ela levou vantagem de 1,7 milhão de votos.

Esse desempenho minimizou o impacto de viradas de Serra em alguns Estados (RS, GO e ES) onde perdera no primeiro turno.

Em São Paulo, o terreno com a maior densidade eleitoral do Brasil, o tucano também não conseguiu ampliar de forma expressiva sua vantagem: subiu de 40,3% para 54%. A petista cresceu de 38,1% para 46%.

No total, a petista superou o rival no Sudeste por 1,6 milhão de votos.

A disputa foi apertada nas demais regiões, embora a maior vitória proporcional de Dilma tenha ocorrido no Norte do país, com 80% dos votos válidos no Amazonas.

No placar geral região da Norte, a petista teve 1 milhão de votos a mais que o tucano.

No Sul, Serra venceu com 1,2 milhão de eleitores de vantagem. Ele também levou a melhor no Centro-Oeste, com 130 mil votos a mais que a oponente eleita.

Folha.com

Dilma, a primeira mulher presidente do Brasil

Dilma Vana Rousseff, foi eleita neste domingo (31) presidente da República para o período de 2010 a 2014. Sem nunca ter disputado uma eleição, ela é a primeira mulher a chegar ao mais alto cargo do país. Economista, ex-ministra do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma teve a eleição definida quando atingiu 55,43% dos votos válidos no segundo turno das eleições, ante 44,57% do candidato do PSDB, José Serra

Na campanha, Dilma destacou as conquistas dos dois mandatos do governo do presidente Lula, que a indicou para concorrer à Presidência. O seu mote de campanha foi a necessidade de o Brasil continuar crescendo na economia com inclusão social. A presidente eleita ressaltou que 28 milhões de pessoas deixaram a situação de miséria ao longo desses quase oito anos e prometeu trabalhar para erradicar definitivamente a pobreza no país.

No comando da Casa Civil, a presidente eleita conhecida por seu estilo durona, coordenou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais marcas do governo Lula, com ações em praticamente todas as áreas, desde infraestrutura até segurança pública. Dilma também foi responsável pelo lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, de forte apelo social.

Mineira de nascimento, Dilma começou na política no movimento estudantil, em Belo Horizonte. Combateu a ditadura militar (1964-1985), o que a levou à prisão, onde foi torturada. Em liberdade, recomeçou a vida em Porto Alegre, ao lado do ex-deputado Carlos Araújo, com quem era casada à época. Na capital gaúcha, participou da fundação do PDT de Leonel Brizola. Em 2000, deixou a sigla, junto com alguns trabalhistas históricos, como o ex-prefeito de Porto Alegre Sereno Chaise, e se filiou ao PT.

Dilma nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte, em uma família de classe média alta. Filha da professora Dilma Jane Rousseff e do advogado Pedro Rousseff, um búlgaro naturalizado brasileiro com quem adquiriu o gosto pela leitura. De acordo com pessoas próximas, Dilma era uma devoradora de livros, tendo construído uma sólida formação intelectual. Até os 15 anos, estudou no tradicional Colégio Sion, atual Colégio Santa Doroteia, escola onde eram educadas as filhas da elite da capital mineira. Ao ingressar no ensino médio, passou para o Colégio Estadual, escola pública mista, mais liberal, onde surgiram muitos dos líderes da resistência à ditadura em Minas.

Agência Brasil