sábado, 25 de dezembro de 2010

Odair Cordeiro e nós outros


JORGE STREIT (*)

Acordei sobressaltado no último dia 16, com uma mensagem de celular que me informava da morte de Odair Cordeiro. Morrera naquela madrugada uma das figuras mais importantes da política de Rondônia, apesar de jamais ter exercido um mandato eletivo.

Trinta anos se passaram até que aquele minúsculo grupo liderado por ele e José Neumar se transformasse num dos partidos mais fortes do Estado. E não houve um único dia, em todos esses anos, que ele não tenha se dedicado a esse sonho.

Desde 2003, com minha mudança para Brasília, encontrei-me poucas vezes com Odair. Talvez umas seis ou sete vezes. Em uma de minhas últimas estadas em Porto Velho, tentei fazer-lhe uma surpresa, indo à sua casa na Avenida Getúlio Vargas, sem avisar. Porém, ao chegar, deparei-me com uma empresa funcionando no local e, por fim, acabei não conseguindo encontrá-lo.

Nas nossas brincadeiras eu o chamava de Velho e ele me tratava por Alemão. Há poucas semanas ele me ligou à procura de um volume contendo várias revistas do Asterix que havia me emprestado havia mais de dez anos. Foi a última bronca que ouvi daquele turrão incorrigível. Ao final, conversamos um pouco sobre os filhos e marcamos encontro para minha próxima ida a Rondônia.

Convite chegou dentro da agência

Além de companheiro na política desde 1982, fui seu companheiro de copo por muitos anos. No antigo Bar Bangalô ou sob o pé de jambo de sua casa, fizemos inúmeras reuniões etílicas. Quando parei de beber, em 1996, recebi dele uma reprimenda nos seguintes termos: “Alemão, a pessoa que tem uma cara de bêbado como você não pode parar de beber. Você não tem o direito de desperdiçá-la”. Outras vezes, se me queixasse de algum problema de saúde ouvia dele o seguinte: “Não te falei para não parar de beber? Nunca te vi doente nos tempos de farra...”.

Após sua morte, troquei um e-mail com o jornalista Montezuma Cruz para comentar sobre o assunto e para cumprimentá-lo por ter resgatado informações preciosas sobre o trabalho de Odair nos primórdios do PT em Rondônia. Naquele momento, me lembrei de um dia do ano de 1982, quando ele foi à agência do Banco do Brasil em Ariquemes para me convidar a entrar no PT. Em suas andanças pela cidade como representante comercial, ouvira falar de um grupo de jovens bancários que organizava protestos e que acabara de lançar um jornal estudantil. Percebeu que ali poderia estar um ponto de contato para a criação do Partido naquela poeirenta e inóspita Ariquemes, um embrião de cidade que vivia a euforia da colonização implementada pelos militares, já nos estertores do regime.

Na linha do PRC, outros caminhos

O Velho deixou em minhas mãos um maço de folhetos mal impressos com os nomes dos nossos candidatos às eleições daquele ano. José Neumar era candidato a deputado federal e Montezuma a estadual. Fizemos uma votação pequeníssima, mas protagonizamos o início do Partido numa época muito difícil para qualquer movimento de oposição em Rondônia.

Nos anos imediatamente seguintes trilhei caminhos diferentes de Odair dentro do PT. Nos meus primeiros tempos de Partido, coloquei-me como independente e até como oposição em relação à direção estadual representada por Odair e Neumar. Na época, alinhei-me com militantes que iniciavam o MST e que se identificavam com o antigo PRC – Partido Revolucionário Comunista. Nosso foco era o apoio às ocupações de terra e a criação dos primeiros sindicatos.

Para nós, incendiados pela paixão militante, as práticas de Odair levariam a um PT conciliador e restrito à via eleitoral. Em 1986 apresentamos uma chapa de oposição ao diretório estadual e vencemos. Montamos uma direção executiva sem Odair e Neumar, com integrantes espalhados pelo estado e não conseguimos “tocar” o Partido. Por muitos anos depois Odair me “zoou” por causa disso.

Depois, já no final dos anos 1980, comecei a me aproximar de sua casa e a trocar ideias. Nessa época eu já começava a me firmar como dirigente sindical e passava a ter mais humildade para perceber o quanto poderíamos aprender com a experiência daquele homem.

Por várias vezes, nas minhas refregas sindicais com a polícia, era ele o primeiro a chegar ao quartel com o advogado dentro do carro dirigido pela Lúcia. Também nessa época muitos outros jovens militantes passavam pela sua casa para ouvir suas estórias e conselhos, embora muitas vezes não admitíssemos publicamente. Josias Gomes, Inácio Azevedo, Roberto Sobrinho, Ernandes Segismundo, Edineide Arruda, Eduardo Valverde, Fátima Cleide, Daniel Pereira, Bernardo e muitos outros.

Tempo das alianças

Até o início dos anos 1990 vivemos um período de afirmação do PT em Rondônia, tocando as atividades com o dinheiro das feijoadas feitas por Odair e Lúcia. Até então, o Partido ainda não era alternativa de poder. A partir daí, com o crescimento, começaram a se colocar diante de nós as propostas para formação de alianças com outros partidos. Foi aí que Odair encarnou a figura de articulador político, recebendo os ônus e os bônus desse papel.

Para os militantes mais à esquerda, virou alvo de muitas críticas, sendo responsabilizado por uma “política de conchavos”. Para outros, inclusive eu, representava a figura de hábil articulador, sempre atento às melhores opções para o PT.

Foi assim que se deu a aliança com José Guedes em 1992, quando PT e PSDB ainda não eram inimigos figadais. Foi assim também a tentativa de aliança com Raupp no primeiro turno em 1994, pouco depois desautorizada pelo Diretório Nacional do PT pelo fato de o PMDB não constar da política de alianças aprovada nacionalmente.

Nesse processo tive que abrir mão de uma candidatura a deputado federal com grandes possibilidades e virei candidato a governador numa campanha meio quixotesca, na companhia de Eduardo Valverde e Israel Xavier. Anos depois avaliei que eu devia ter “batido o pé” mesmo contra a opinião de Odair e do restante da articulação e lançado uma candidatura a deputado.

Mas quem somos nós para, tanto tempo depois, querermos julgar atitudes tomadas no calor daquelas disputas e sob circunstâncias muito particulares daquele momento.

“Deixe der xiita, você não tem mais 20 anos”

Enfim, até 1998 estive muito próximo de Odair pude compartilhar de suas engenhosas construções políticas. O vitorioso desenho que levou o PT a eleger Fátima Cleide para o Senado, além de dois deputados federais em 2002, foi pensado e executado por ele com maestria. Na época eu estava fora da direção do PT e me dedicava ao Banco do Brasil e a uma tardia universidade.

Cheguei a torcer o nariz contra a ideia de aliança com Gurgacz, principalmente pelas minhas históricas relações com os sindicalistas do setor de transportes, principalmente Hermínio Coelho e Claudio Carvalho, hoje importantes nomes do PT. Ainda assim ouvi dele algo assim: “Alemão, deixe de ser xiita que você já não tem mais 20 anos”.

Depois disso ainda tivemos as vitórias de 2004 e 2008 para a Prefeitura da Capital, ambas com forte participação dele na articulação política e na montagem dos programas de TV. Nesse período eu já vivia em Brasília e não acompanhei seu trabalho.

Mas fiquemos assim, meu Velho. Lá em cima, com sua camisa vermelha e estrelinha no peito, tente juntar os nossos companheiros que também já estão por lá – o Chico Cezário, Fernando, Hemerson Teixeira, Piau, Pedrinho Oliveira, Tiãozinho da CUT, Jasmo e Fatinha Alves. Se bem os conheci, Cezário e Fernando já se engalfinharam várias vezes e o Jasmo, Tiãozinho, Pedrinho e Piau já organizam uma reforma agrária nos campos celestes. Se precisar de ajuda, procure o Padre Ezequiel Ramin, que a essas horas já deve estar muito bem entrosado lá em cima.

E quanto a nós, amigos e familiares, embora já saudosos das suas incontáveis manias e de seus conselhos valiosos, tentemos ver sua morte de uma forma diferente daquela a que fomos ensinados no ocidente. Vejamos como parte do ciclo da vida, numa seqüência vida-morte-vida ou, como diz o rabino Nilton Bonder, como parte da nossa necessidade de pausas, constituindo-se na maior de todas elas.

(*) É presidente da Fundação Banco do Brasil, em Brasília.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Governador anuncia deputado Anselmo para Secretaria de Agricultura

O governador eleito, Confúcio Moura, anunciou nesta sexta-feira (24), que o deputado Anselmo Abreu será o secretário de Agricultura do Estado. Anselmo é de Ji-Paraná, deputado federal pelo partido dos trabalhadores (PT).

Trata-se de uma excelente escolha de Confúcio Moura para conduzir a pasta da Agricultura, uma vez que é a primeira vez que um agricultor familiar é indicado para o cargo no Estado. O governador se mostra com a indicação de Anselmo que está sintonizado com a maioria do eleitorado que lhe deu a vitória. Cerca de 85% da população rural de Rondônia é composta pequenos e médios agricultores, que possuem propriedades com menos de 100 hectares.

Anselmo já demonstrou, como deputados federal, comprometido e competente para representar não apenas a população rural, mas todos os rondonienses. Como Secretário de Agricultura terá a oportunidade de contribuir de forma decisiva para a transformação de Rondônia em um grande produtor de alimentos tanto para o mercado nacional como para exportação. Essa é a sua grande vocação que agora terá todas as condições de ser transformada em realidade.

Leia a íntegra do último pronunciamento oficial de Lula como presidente

Presidente elogiou próprios feitos, criticou antecessores e disse confiar em Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento oficial de pouco mais de dez minutos em rede nacional de rádio e TV na noite desta quinta-feira (23). O discurso é o último em rede nacional antes de Lula deixar a Presidência. Lula vai entregar a faixa presidencial para Dilma Rousseff na semana que vem, no dia 1º de janeiro.

Leia a íntegra do pronunciamento de Lula:


"Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Dentro de poucos dias, deixo a presidência da república. Foram oito anos de luta, desafios e muitas conquistas. Mas, acima de tudo, de amor e de esperança no Brasil e no povo brasileiro. Com muita alegria, vou transmitir o cargo à companheira Dilma Rousseff, consagrada nas urnas em uma eleição livre, transparente e democrática. Um rito rotineiro neste país que já se firmou como uma das maiores democracias do mundo.

É profundamente simbólico que a faixa presidencial passe das mãos do primeiro operário presidente para as mãos da primeira mulher presidenta. Será um marco no belo caminho que nosso povo vem construindo para fazer do Brasil, se Deus quiser, um dos países mais igualitários do mundo. País que já realizou parte do sonho dos seus filhos. Mas que pode e fará muito mais para que este sonho tenha a grandeza que o brasileiro quer e merece.

Minhas amigas e meus amigos,

Hoje, cada brasileiro – e brasileira - acredita mais no seu país e em si mesmo. Trata-se de uma conquista coletiva de todos nós. Se algum mérito tive, foi o de haver semeado sonho e esperança. Meu sonho e minha esperança vêm das profundezas da alma popular - do berço pobre que tive e da certeza que, com luta, coragem e trabalho, a gente supera qualquer dificuldade. E quando uma pessoa do povo consegue vencer as dificuldades gigantescas que a vida lhe impõe, nada mais consegue aniquilar o seu sonho, nem sua capacidade de superar desafios. E, quando um país como o Brasil, cuja maior força está na alma e na energia popular, passa a acreditar em si mesmo, nada, absolutamente nada, detém sua marcha inexorável para a vitória.

Foi com esta energia no peito que nós, brasileiros e brasileiras, afugentamos a onda de fracasso que pairava sobre o país quando assumimos o governo. Agora, estamos provando ao mundo - e a nós mesmos - que o Brasil tem um encontro marcado com o sucesso.

Se governei bem, foi porque antes de me sentir presidente, me senti sempre um brasileiro comum que tinha que superar as suas dores, vencer os preconceitos e não fracassar. Se governei bem, foi porque antes de me sentir um chefe de Estado, me senti sempre um chefe de família, que sabia das dificuldades dos seus irmãos para colocar comida na mesa, para dar escola para seus filhos, para chegar em casa, todas as noites, a salvo dos perigos e da violência.

Se governamos bem, foi, principalmente, porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que os dirigentes políticos deste grande país governassem apenas para um terço da população e se esquecessem da maioria do seu povo, que parecia condenada à miséria e ao abandono eternos.

Mostramos que é possível e necessário governar para todos - e quando isso se realiza o grande ganhador é o país.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil venceu o desafio de crescer econômica e socialmente e provou que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Construímos, juntos, um projeto de nação baseado no desenvolvimento com inclusão social, na democracia com liberdade plena e na inserção soberana do Brasil no mundo. Fortalecemos a economia sem enfraquecer o social; ampliamos a participação popular sem ferir as instituições; diminuímos a desigualdade sem gerar conflito de classes; e imprimimos uma nova dinâmica política, econômica e social ao país, sem comprometer uma sequer das liberdades democráticas.

Ao receber ajuda e apoio, o nosso povo deu uma resposta dinâmica e produtiva, trabalhando com entusiasmo e consumindo com responsabilidade, ajudando a formar uma das economias mais sólidas e um dos mercados internos mais vigorosos do mundo. Em suma: governo e sociedade trabalharam sempre juntos, com união, equilíbrio, participação e espírito democrático.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil demonstra hoje sua pujança em obras e projetos que estão entre os maiores do mundo e vão mudar o curso da nossa história. Me refiro às obras das hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte; às refinarias de Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão e Ceará; às estradas que vão abrir rotas inéditas e estratégicas, como as ligações com o Pacífico e o Caribe; e às ferrovias Norte-Sul, Transnordestina e Oeste-Leste, além do projeto, em licitação, do trem de alta velocidade, que vai ligar São Paulo ao Rio.

Também estamos fazendo os maiores investimentos mundiais no setor de petróleo, principalmente a partir da descoberta do pré-sal, que é o nosso passaporte para o futuro. Ele vai gerar milhões de empregos e uma riqueza que será, obrigatoriamente, aplicada no combate à pobreza, na saúde, na educação, na cultura, na ciência e tecnologia e na defesa do meio ambiente.

Estamos, ainda, realizando um dos maiores projetos de combate à seca do mundo: a transposição das águas do São Francisco, que irá matar a sede e diminuir a pobreza de milhões e milhões de nordestinos.

Ao mesmo tempo em que realiza grandes obras, o Brasil, acima de tudo, cuida das pessoas - em especial das pessoas mais pobres. Temos, hoje, os maiores e mais modernos programas de transferência de renda, segurança alimentar e assistência social do mundo. Entre eles, o Bolsa Família, que beneficia quase 13 milhões de famílias pobres e é aplaudido e imitado mundo afora.

Nosso modelo de governo também permitiu que o salário mínimo tivesse ganho real de 67% e a oferta de crédito alcançasse 48% do PIB em 2010, um recorde histórico. O investimento em agricultura familiar cresceu oito vezes e assentamos 600 mil famílias - metade de todos os assentamentos realizados no Brasil até hoje.

Com o Luz para Todos levamos energia elétrica a 2 milhões e 600 mil pequenas propriedades. E, através do Minha Casa Minha Vida, estamos construindo 1 milhão de moradias, e as famílias que recebem até 3 salários mínimos serão as mais beneficiadas.

Na área da saúde, tivemos vários avanços como o Samu, o Brasil Sorridente e as unidades de pronto atendimento, as UPAs, que estão sendo construídas Brasil afora.

Triplicamos o investimento em educação, elevando a qualidade do ensino em todos os níveis. Inauguramos 214 escolas técnicas federais, mais do que foi feito em 100 anos. E implantamos 14 novas universidades e 126 novas extensões universitárias em todas as regiões do país. O Prouni beneficiou 750 mil jovens de baixa renda, com bolsas universitárias.

Meus amigos e minhas amigas,

Há muitos outros motivos que reforçam nossa confiança no futuro do Brasil. Temos quase 300 bilhões de dólares de reservas internacionais próprias - dez vezes mais do que tínhamos no início do nosso governo. Nossa taxa média anual de crescimento dobrou. Agora, em 2010, por exemplo, vamos ter um crescimento recorde de quase oito por cento - um dos maiores do mundo.

E outras quatro grandes conquistas provam, com força simbólica e concreta, que nosso país mudou de patamar e também mudou de atitude. Geramos 15 milhões de empregos, um recorde histórico, e hoje começamos a viver um ciclo de pleno emprego. Promovemos a maior ascensão social de todos os tempos, retirando 28 milhões de pessoas da linha da pobreza e fazendo com que 36 milhões entrassem na classe média.

Zeramos nossa dívida com o Fundo Monetário Internacional e agora é o Brasil que empresta dinheiro ao FMI. E, ao mesmo tempo, reduzimos como nunca o desmatamento na Amazônia.

A minha maior felicidade é saber que vamos ampliar todas estas conquistas. Minha fé se alicerça em três fundamentos: as riquezas do Brasil, a força do seu povo e a competência da presidenta Dilma. Ela conhece, como ninguém, o que foi feito e como fazer mais e melhor. Tenho certeza de que Dilma será uma presidenta à altura deste novo Brasil, que respeita seu povo e é respeitado pelo mundo.

Este país que, depois de produzir seguidos espetáculos de crescimento e inclusão, vai sediar os dois maiores eventos do planeta: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Este país que reduziu a desigualdade entre as pessoas e entre as regiões e vai seguir reduzindo-a muito mais. Este país que descobriu que não há maior conquista do que recuperar a auto-estima do seu povo.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Quero encerrar com um pedido enfático e um agradecimento profundo.
Peço a todos que apóiem a nova presidenta, assim como me apoiaram em todos os momentos. Isso também significa cobrar, na hora certa, como vocês souberam me cobrar. A cobrança foi um estímulo para que a gente quisesse fazer sempre mais.
E o amor de vocês foi a minha grande energia e meu principal alimento. Agradeço a vocês por terem me ensinado muitas lições. E por terem me fortalecido nas horas difíceis e ampliado minha alegria nas horas alegres.

Saio do governo para viver a vida das ruas. Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta.

Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil! E acreditem nele. Porque temos motivos de sobra para isso.

Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo. Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível.

Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais que nunca, sou um homem de uma só causa e esta causa se chama Brasil!

Um feliz natal e próspero ano novo a todos vocês. E muito obrigado por tudo."

R7