quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Brasil pode ter novo recorde de produção de grãos este ano, prevê Conab

O Brasil pode ter novo recorde de produção de grãos este ano. De acordo com o quarto levantamento do ciclo 2010/2011, divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), devem ser colhidas 149,416 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 212 mil toneladas em relação às 149,204 milhões de toneladas colhidas no período anterior. Em relação ao último levantamento, publicado no mês passado, a estimativa aumentou em 0,22%, ou 329,6 mil toneladas.

Segundo a Conab, o ajuste da área de arroz plantada e a melhoria da produtividade do milho primeira safra no Rio Grande do Sul contribuíram para o resultado positivo da pesquisa. A estatal ressalta, no entanto, que a estimativa está condicionada a condições climáticas favoráveis às principais culturas, como algodão, soja, feijão, arroz e milho.

A área cultivada na safra 2010/2011 deve atingir 48 milhões de hectares, representando um crescimento de 1,3% em relação à do ciclo anterior. A pesquisa foi feita entre os dias 13 e 16 de dezembro por 51 técnicos da Conab, que ouviram representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de parte do Norte e do Nordeste.

Agência Brasil

Com Dilma, mulheres terão mais visibilidade na política

Com a posse da presidenta Dilma Rousseff, a expectativa é que o número de mulheres na política aumente significativamente. É o que espera a coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Pietá (PT/SP).

A participação das mulheres na política já era uma das bandeiras do governo Lula. Elas representam 52% do eleitorado brasileiro. No Congresso Nacional o contigente de parlamentares femininas não chega a 15%. Ao todo, são 43 deputadas e 12 senadoras. A expectativa é que a eleição da primeira mulher presidente mude esse cenário.

“Nós entendemos que para uma maior democracia tem que ter mais participação das mulheres. Nós precisamos da mulher nos lugares de poder e a Dilma será um espelho para que outras mulheres participem da política”, diz.

Ao assumir a coordenadoria da bancada feminina na Câmara, Janete Pietá, está empenhada para aprovar uma das principais propostas reivindicadas pelas parlamentares. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 509/06, que reserva uma vaga para as mulheres nas mesas diretoras.

Segundo Pietá, essa proposta prioriza a igualdade de gênero e pode pela primeira vez garantir a participação de uma mulher na mesa diretora da Câmara. “Nós da bancada feminina temos lutado para aprovar a PEC para ter na mesa a questão de gênero, porque um dia pode ser que sejam mais mulheres do que homens. Por isso, a importância da eleição do presidente autal, Marco Maia, para que tenhamos na mesa o assento de uma mulher”, fala.

Portal PT

Dilma cria PAC do combate à miséria

A primeira ação da presidente Dilma Rousseff será a criação do PAC do combate à miséria.

Ela se reuniu com 12 ministros nesta quinta-feira (6), pela manhã, e pediu que organizem o programa de forma a garantir que haja metas, prestação de contas e monitoramento das medidas.

Na posse, presidente projeta país de classe média sólida Dilma promete luta obstinada para erradicar pobreza extrema Conheça os ministros do governo Dilma Rousseff

Segundo a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), que coordenará o novo PAC, o programa partirá de iniciativas como a ampliação das redes sociais e das políticas de transferência de renda e inclusão produtiva.

"A presidente pediu que não se faça anúncios que não tenham consistência. Vamos estabelecer metas objetivas para vocês [jornalistas] cobrarem", disse Campello, em entrevista após a reunião.

O Bolsa Família integrará o novo PAC, que ainda não tem nome definido pelo governo.

Campello disse que a ideia do PAC não é "apagar" programas sociais já existentes, mas ampliar as medidas em curso e o atendimento a pessoas que vivem em situação de pobreza extrema.

Ana Fonseca, responsável pela criação do Bolsa Família, em 2004, foi anunciada como secretária executiva do Ministério de Desenvolvimento Social e caberá a ela coordenar o novo PAC.

Fonseca disse que na reunião com Dilma não foi definido os recursos e a fonte do Orçamento para o programa.

Além de Campello e Fonseca, participaram da reunião os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Educação), Miriam Belchior (Planejamento), Mário Negromonte (Cidades), Alexandre Padilha (Saúde), Carlos Lupi (Trabalho), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho.

Folha online

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Plano de banda larga terá R$ 589 milhões para levar internet a 1.173 cidades

A Telebras terá R$ 589 milhões para implantar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e conectar 1.173 cidades à grande rede, a um custo previsto de R$ 35 para o cidadão. Os recursos correspondem aos R$ 316 bilhões em créditos extraordinários do Poder Executivo, previstos para 2010 e empenhados no final de dezembro, somados aos R$ 273 milhões em aporte de capital previsto para 2011.

A previsão era que, em 2010, seriam liberados R$ 600 milhões, e em 2011 mais R$ 400 milhões. A diminuição dos recursos, no entanto, não tiraram o otimismo do presidente e diretor de Relações com Investidores da Telebras, Rogério Santanna.

“Ainda não fiz o ajuste fino [para avaliar se será possível implantar o PNBL com R$ 589 milhões, em vez dos R$ 1 bilhão previsto]. Mas acredito isso nos dará liberdade para fazer os contratos, já que os editais acabaram resultando em preços menores do que o que esperávamos. Por isso, é sim, possível”, disse Santanna, após reunir-se com o novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, a reunião foi destinada à apresentação de uma "radiografia" da estatal. “Ele [Paulo Bernardo] enfatizou a importância do PNBL e disse que essa será uma questão central para o governo, conforme já afirmou em outras oportunidades”, disse Santanna.

Segundo o presidente da estatal, todas as pendências jurídicas que suspendiam os editais já foram resolvidas. Com isso, o cronograma do governo, que já havia adiado para abril o início da implantação do PNBL nas 100 primeiras cidades, está mantido.

Agência Brasil

Rondônia para todos e todas

Por Fátima Cleide

O estado de Rondônia faz hoje 29 anos. É idade da maturidade adulta, de vigor, tão importante para a construção de uma vida plena de realizações, que orgulha mais à frente com a sensação de ter feito alguma coisa, não apenas para si próprio mas também para o ambiente que ajudou a transformar.

Muitos brasileiros e brasileiras, com os fortes investimentos federais e privados que chegaram ao estado, estão agora em Rondônia, emprestando sua juventude e vontade para a transformação social e econômica da região, que enfrenta um novo ciclo de desenvolvimento desde sua criação.

Mas muito antes do início da década de 80, quando o estado foi instalado, os acontecimentos da história no então território apequenavam ou engrandeciam personagens que naquele mundo distante produziam fatos, superavam obstáculos, abriam caminhos para o desenvolvimento. Como a grandiosa estrada que se transformou na BR-364, desafio da engenharia e da fibra de homens públicos de então.

Entre tantos que engrandeceram aquela época destaco Jairo Saraiva, que neste justo mês de janeiro, se conosco estivesse, completaria bem vividos 88 anos de idade.

Em sua memória dedico este artigo, estendendo minhas homenagens a todos e todas que ao longo da projeção histórica de Rondônia ofereceram e oferecem o melhor de si para a boa utilização das oportunidades que nossa região concede, deixando exemplos de vida impregnada de dedicação, solidariedade, trabalho, coragem e correção.

Jairo Saraiva, amazonense que deixou jovem a família para se integrar à Força Expedicionária Brasileira, FEB, na Itália, assim conduziu sua existência.

Algum tempo depois de lutar pelo ideário democrático, combatendo o nazi facismo, iniciou vida nova a partir da década de 50 em Rondônia, terra que se consagra, como São Paulo e Brasília, de todos os brasileiros e brasileiras.

Na Guarda Territorial fez história, tornou-se um policial de grande perspicácia, foi ajudante de ordens dos governadores Paulo Nunes Leal e Theodorico Gahyva e administrador da Colônia Penal Ênio Pinheiro. Comandou a operação de combate ao incêndio no mercado central, e após aposentar-se em 1978 com a patente de capitão passou a trabalhar pelas causas sociais.

É nessa mistura, da história de ontem com a de hoje, da vida vivida pelos personagens do passado com os personagens do presente, da obra erguida com a obra em construção, dos desafios superados com os desafios a superar, que Rondônia cresce e se reconhece, e para nós que amamos nosso estado será sempre a terra das oportunidades, do chão seguro e farto que fortalece a existência.

Parabéns para todos e todas que em Rondônia se engajaram à tropa de voluntários bandeirantes do bem, como no passado o foi Jairo Saraiva. Parabéns ao governador Confúcio Moura, que neste momento representa a esperança do povo numa nova forma de fazer governo, onde a participação popular exercitada no cotidiano da gestão represente de fato o respeito e o fortalecimento da Democracia.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Florence destaca integração de políticas para combater a pobreza no meio rural

A principal meta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na gestão da presidenta Dilma Rousseff é a integração das políticas da agricultura familiar às políticas de combate à pobreza e de inclusão social e o diálogo com os movimentos sociais.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante solenidade de transmissão do cargo realizada em Brasília. Florence destacou o combate à miséria extrema como foco da próxima gestão. "A presidenta Dilma estabeleceu esse objetivo como primeiro por meio de um conjunto de políticas para o campo e para a cidade; adensando a cadeia produtiva, garantindo crédito, comercialização justa e assistência técnica, além da continuidade e aprofundamento da política de reforma agrária e acesso à terra".

Florence garantiu a continuidade do "programa de mudanças" desenvolvido nos últimos oito anos. "Temos tido a capacidade de implementar políticas que reparam e constroem um horizonte afirmativo para todos os brasileiros. Nosso compromisso é com a continuidade desse processo."

O ministro destacou que o fortalecimento e aprofundamento de todas as políticas do MDA são fundamentais para manter o diálogo com os movimentos sociais. "O MDA tem uma experiência profícua de relação com os movimentos sociais e vamos manter os canais de negociação. O objetivo é único: uma pátria livre, soberana e de todos onde a agricultura familiar permita que tenhamos um país mais generoso."

A transmissão do cargo a Florence foi feita pelo ex-ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, que fez um balanço dos oito anos do governo Lula. Cassel destacou a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares no período como fator determinante para o sucesso do setor responsável por 70% da produção de alimentos no Brasil.

"Fomos capazes de reinventar o Ministério e fazer chegar políticas que sempre haviam sido negadas aos agricultores familiares”, frisou Cassel, referindo-se ao acesso à terra de 840 mil famílias e ao fortalecimento da comercialização, do crédito e da assistência técnica. "Talvez nosso principal legado seja o fato de que devolvemos para o Brasil uma agricultura familiar que estava escondida e uma reforma agrária que era tida como improdutiva. Devolvemos a autoestima do agricultor familiar."

Perfil

Natural de Salvador (BA), filho de professores da rede pública estadual, Afonso Florence tem 50 anos. É casado, pai de dois filhos e formado em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também fez mestrado na área. Militante histórico do PT, sua trajetória é marcada pelo compromisso com as lutas sociais e do campo.

Eleito em 2010 deputado federal com mais de 143 mil votos, Afonso Florence iniciou a militância política na UFBA, onde presidiu o Diretório Central dos Estudantes. Ainda na Universidade, foi servidor público; pesquisador e diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). Também foi professor da Universidade Católica de Salvador (UCSal) e coordenador do Programa de Pós-graduação em História.

No governo Jaques Wagner, Afonso Florence esteve à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano. Sua gestão foi marcada pelo diálogo com os setores sociais e compromisso com a universalização do acesso aos serviços públicos. Coordenou o Programa de Habitação da Bahia - Casa da Gente e teve atuação decisiva na elaboração e execução do Programa Água Para Todos – o maior programa de abastecimento de água do país, que contemplou mais de 2,5 milhões de pessoas com ligações de água e esgotamento sanitário no estado.

MDA