sábado, 1 de janeiro de 2011

Dilma: Compromisso é trabalhar para tornar o país do tamanho de nossos sonhos

Após receber a faixa presidencial do presidente Lula na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a presidente Dilma Rousseff discursou no Parlatório ao lado do seu vice, Michel Temer, enfatizando o seu compromisso em consolidar os avanços conquistados nos últimos oito anos.

“Eu estou feliz como raras vezes estive na minha vida”, disse ela, admitindo estar emocionada também pelo encerramento do mandato “do maior líder popular que este País já teve”. Dilma reconheceu que foram as importantes transformações que o País passou nos últimos oito anos que permitiu que a população ousasse em colocar, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher na Presidência da República.

Dilma aproveitou o seu discurso para homenagear também o vice-presidente José Alencar, que não pode comparecer à posse em Brasília por ainda estar se recuperando de problemas de saúde que enfrentou nos últimos dias. “Que exemplo de coragem e amor à vida nos dá esse homem. E que parceria Lula e José Alencar fizeram pelo Brasil e pelo nosso povo”, afirmou.

Sabendo que substituir um líder como Lula é um desafio e tanto, Dilma disse para a multidão que lotava a Praça dos Três Poderes que honrará esse legado e avançar nas reformas e conquistas necessárias para garantir aos brasileiros melhor educação, saúde e segurança.

Dilma Rousseff afirmou que pretende trabalhar para tornar o País de cada brasileira e brasileiro e disse que cuidará “com carinho” dos mais frágeis e mais necessitados, mas sempre governando para todos.

“Uma importante líder indiana disse um dia que não se pode trocar um aperto de mãos com os punhos fechados. As minhas mãos estarão abertas e estendidas para todos.”

A presidente disse que não pedirá a ninguém que abdique de suas convicções, destacando que pretende buscar apoio e respeitar as críticas.

No momento mais emocionante de seu discurso, Dilma lembrou de antigos companheiros de luta contra a ditadura militar (1964-1985), alguns dos quais morreram na época. Disse que não tem rancor algum, nem ressentimentos, e que sua geração entrou para a política em busca de liberdade, “num tempo de escuridão e medo” e que pagaram o preço pela “ousadia”. Ao se referir “aos companheiros que tombaram nessa caminhada”, embargou a voz, concluindo em seguida: “minha eterna lembrança.”

O momento agora, disse a presidente Dilma Rousseff, é de trabalho e união para dar melhor educação às crianças, saúde de qualidade ao povo, seguranças às comunidades e continuar crescendo e gerando emprego “para as atuais e futuras gerações”:

“O meu sonho é o mesmo de qualquer cidadão e cidadão. O sonho de que uma mãe e um pai possam oferecer aos seus filhos oportunidades melhores do que a que eles tiveram em suas vidas. É isso que constrói um País, uma família, uma Nação.” (
Foto: Paulo Whitaker/Reuters)


Blog do Planalto

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Aprovação popular de Lula é a maior do mundo, aponta pesquisa Sensus

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerra oito anos de governo com 87% de aprovação, é a maior do mundo, afirmou nesta quarta-feira (29) o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade.

Segundo Andrade, Lula está à frente da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vázquez, que teve 80% ao final do mandato.

O presidente da CNT também comparou o desempenho de Lula com líderes mundiais históricos, entre os quais o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela (82% de aprovação), o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (66%), e o general francês Charles De Gaulle (55%).

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos, segundo levantamento da CNT/Sensus de 2001.

A avaliação da popularidade de Lula é resultado da 110ª edição da pesquisa CNT/Sensus, para a qual foram entrevistadas duas mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 23 e 27 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, a aprovação do desempenho pessoal do presidente está em 87%, contra 80,7% da pesquisa anterior. Cerca de 10,7% dos entrevistados desaprovam o presidente e 2,4% não responderam.

Ainda que a aprovação pessoal e do governo Lula sejam recordes, a saúde é apontada como a única variável que piorou nos últimos seis meses por 37% dos entrevistados.

Em sentido contrário, a geração de emprego é apontada como índice que melhorou por 63,7% dos entrevistados. As políticas voltadas à educação e à segurança pública nos últimos também foram apontadas como positivas por 43,3% e 38,1%, respectivamente.

Do ponto de vista econômico, o Brasil "desenvolveu muito" para 63,9% daqueles que responderam à pesquisa, "desenvolveu um pouco" para 30,4% e "não desenvolveu" para 3,7%. Quando considerados os programas e políticas sociais, o governo "desenvolveu muito" para 57,8%, "desenvolveu um pouco" para outros 35,6% e "não desenvolveu" para 4,1%.
"A popularidade (de Lula e do governo) é impulsionada muito pela situação econômica, geração de empregos", afirmou Andrade.

Portal PT

Roberto Sobrinho fala em entrevista às rádios Rondônia e Cultura: PAC 2, Infraestrutura, Plano Inverno, mais habitação e o ano de 2011

Em entrevistas ao jornalista Maurício Calixto, no Programa Hora do Povo e na rádio Cultura, ao radialista Elizeu da Silva, o prefeito Roberto Sobrinho falou das ações realizadas neste ano, do volume de recursos destinados ao município pelos programas federais, das contrapartidas das hidrelétricas, do ano eleitoral, do pleno emprego, das obras paralisadas, das novas moradias e ainda respondeu a vários questionamentos dos ouvintes.

Sobre tudoo que foi possível realizar em 2010, o prefeito fez questão de agradecer ao maior parceiro de sua administração. “O presidente Lula deixa o governo com a garantia do dever cumprido, principalmente pela atenção que teve com esta região e em especial com a nossa administração nestes últimos anos. A cidade cresceu, está se desenvolvendo a passos largos e a quantidade de recursos e os projetos executados para a nossa população, sem dúvida vão ficar marcados na história de Porto Velho”, disse o prefeito.

Operação Inverno

A “Operação Sai D’água” que retirou 240 famílias da situação de risco nos bairros Triângulo e Baixa da União e o lançamento do Plano de Operações para o inverno amazônico”, foram temas das entrevistas do prefeito. O plano tem o objetivo de prevenir e planejar ações para minimizar os danos causados pelas chuvas no município de Porto Velho, distritos e localidades. “Os prefeitos da região Amazônica e a própria população sofrem muito no período das chuvas porque o inverno amazônico é cruel e a única forma de minimizar os danos é a prevenção, por isso nós planejamos um conjunto de ações envolvendo todas as secretarias municipais para intensificar o que a prefeitura já vem fazendo o ano todo, realizando a manutenção da malha viária urbana e rural e desobstruindo as bocas de lobo para evitar as alagações. O combate a dengue, o acolhimento às famílias vulneráveis e em área de risco, também fazem parte destas ações, como as 240 famílias que receberam da prefeitura um apartamento totalmente de graça,” disse o prefeito

Asfalto e Estradas

A atenção especial as estradas do município também foi questionada. “Porto Velho tem 5 mil quilômetros de estradas vicinais, que precisam ser mantidas o ano todo, porque elas é que garantem o escoamento da produção e este é um dos trabalhos que fazemos durante todo o ano, assim como a limpeza e aprofundamento dos canais, o que dá maior vazão às águas das chuvas, que nós fazemos agora com o auxilio do caminhão Tatuzão, da Semusb. E ainda, fizemos mais 43 quilômetros de asfalto na cidade, isso significa que mais 35 mil famílias foram beneficiadas e não andam mais na lama ou na poeira”, lembrou.

Obras paradas

A prefeitura de Porto Velho está com algumas obras paradas e o prefeito Roberto Sobrinho pôde explicar os motivos. “Estas obras tiveram que ser suspensas temporariamente, por conta do inverno ou por problemas com a empresa vencedora da licitação. Esse é um procedimento normal durante o período chuvoso, principalmente no que diz respeito a pavimentação e drenagem, onde possui recapeamento e que já existe uma base, a chuva não impede de continuar. Na construção de algumas moradias, temos processos judiciais que devem ser resolvidos, temos reintegração de posse que aguardam decisão da justiça e no caso dos viadutos, além das chuvas, existem outras situações como a necessidade dos aditivos, que já foram resolvidos pelo Dnit, mas ainda falta resolver as desapropriações que devem custar mais R$ 10 milhões, tem o problema das torres da rede de energia elétrica que está no meio do caminho por onde vão passar os viadutos, então tudo isso precisa ser resolvido e nós esperamos contar com a compreensão da nossa população” argumentou o prefeito.

Trânsito

Para resolver problemas como o congestionamento do trânsito da capital, a prefeitura tem adotado uma série de medidas, mas o fluxo aumenta a cada dia e isso tem uma explicação. “Há três anos, Porto Velho recebe 500 carros por mês. Hoje são 1.500 carros a mais todos os meses, é natural que passemos a enfrentar problemas, como o congestionamento. Porto Velho está virando cidade grande, com todos os seus problemas e nós temos através da secretaria municipal de Trânsito adotado medidas que tem funcionado muito bem, como o corredor exclusivo para ônibus, vamos implantar também, as placas de origem/destino para facilitar a circulação dos motoristas novos na cidade, vamos colocar cerca de 20 mil placas toponímicas para identificar as ruas,”afirmou.

Ano Eleitoral

Em um ano eleitoral, quando a população escolheu mais uma vez seus representantes, o prefeito falou do processo democrático. “O povo escolheu seus administradores e elegeu historicamente a primeira mulher para dirigir o País e isso representa também o reconhecimento dos eleitores ao trabalho feito pelo presidente Lula, que sem dúvida vai ficar registrado na história como o presidente que mais trabalhou pela erradicação da desigualdade social, e nós temos a certeza de que os próximos anos serão ainda muito melhores para Porto Velho, com a continuidade de uma administração que só beneficiou a nossa região, com toda a atenção que nós tivemos, com tantos investimentos e melhor ainda, com os recursos que virão, agora com o PAC 2, no qual a capital foi contemplada com vários projetos” disse o prefeito.

Ouvintes

Respondendo a dezenas de perguntas dos ouvintes, Roberto Sobrinho falou dos avanços no asfalto, na habitação, na construção de novas Escolas, de novos postos de saúde, das emendas parlamentares que vão trazer mais R$ 33 milhões ao município para a infraestrura de outros bairros e ruas que ainda não foram beneficiados. “Porto Velho vive hoje o pleno emprego, talvez 4 ou 5 % da população está desempregada e isso é um índice excelente para fechar o ano. Nós só temos a agradecer a oportunidade de poder estar fazendo todos estes benefícios por uma cidade que por muito anos ficou estagnada e hoje oferece uma melhor qualidade de vida em todos os sentidos aos seus moradores” finalizou.

Assessoria

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lula diz que Dilma será sua candidata à Presidência em 2014

No último café da manhã com jornalistas durante sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou hoje (27) que não pretende candidatar-se à Presidência da República em 2014 por considerar “justo”que a presidenta eleita Dilma Rousseff tente a reeleição. Para Lula, Dilma terá menos dificuldades do que ele ao assumir o governo por conhecer os “atores” e a administração pública.

“A Dilma será minha candidata em 2014. Só existe uma possibilidade de ela não ser minha candidata: ela não querer. Para mim, é líquido e certo que ela será candidata”, afirmou o presidente. De acordo com Lula, é “justo” que aquele que faz “um bom governo” tente a reeleição.

Bem-humorado e descontraído no café da manhã com setoristas da Presidência da República, Lula posou para fotos ao lado de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. O presidente brincou e fez piadas. Participaram do encontro, no Palácio do Planalto, o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o secretário de Imprensa, Nelson Breve, o assessor internacional Carlos Villanova, entre outros assessores

Em meio à insistência sobre as expectativas para as eleições de 2014, o presidente foi enfático: “É muito cedo para discutir 2014”. Para Lula, é fundamental analisar o momento político atual e fez uma série de elogios às escolhas de Dilma.

“Estou confiante que Dilma montou um governo capaz. Para ela, não tem novidades. Ela [Dilma Rousseff] conhece o projeto [de governo] os atores, os governadores e alguns ministros. Ela vai ter uma vida mais facilitada do que tive em 2003, quando tudo era novidade. Ela tem uma vantagem extraordinária para ter sucesso”, disse ele.

Agência Brasil

Bolsa Família fechará 2010 com 12,8 milhões de famílias atendidas

O Bolsa Família tornou-se o principal programa social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2003, ano de criação, o programa atendeu a 3,6 milhões de famílias. Fechará o ano de 2010 com 12,8 milhões de famílias atendidas, quase 50 milhões de brasileiros. Mais da metade das famílias estão no Nordeste.

Nesse período, o orçamento do programa, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mais do que quadruplicou, passando de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,4 bilhões.

O programa atende a famílias com renda de até R$ 140 por pessoa, consideradas pobres, e de até R$ 70 per capita, em extrema pobreza. Os benefícios variam de R$ 22 a R$ 200 dependendo da renda e do tamanho da família. A média do benefício é de R$ 97.

No decorrer desses anos, o Bolsa Família foi criticado ao ser apontado como uma iniciativa assistencialista que desestimula a busca por melhores condições de vida, de não ter fiscalização, além de ter sido alvo de fraudes e irregularidades. Diante desse cenário, o governo adotou medidas como a adoção do cadastro único e de controle do cumprimento das condicionalidades por parte das famílias.

Hoje, para receber o benefício, o cartão de vacinação das crianças com menos de sete anos de idade deve estar atualizado, os filhos são obrigados a frequentar a escola e as gestantes devem fazer o pré-natal. Se as exigências forem descumpridas, a família perde o direito ao benefício. De 2008 a 2009, 400 mil famílias foram cortadas do programa por estarem em desacordo.

A secretária Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Lúcia Modesto, aponta a redução da pobreza, a melhora dos indicadores de educação e saúde das famílias e o acesso ao sistema bancário como o principal legado do Bolsa Família. De acordo com dados do ministério, o analfabetismo caiu de 17% para 13% entre as famílias beneficiadas, de 2007 a 2009. As grávidas atendidas têm quase duas vezes mais consultas em comparação às não beneficiárias. Atualmente, 1,7 milhão de beneficiários têm conta em banco.

Especialistas reconhecem a importância do benefício para o alívio imediato da pobreza em famílias com renda insuficiente para sobreviver. Porém, acreditam que houve pouca interação entre o Bolsa Família e outros programas sociais na oferta de oportunidades para que beneficiários tenham autonomia financeira e saiam da pobreza.

“O Bolsa Família não pode vir sozinho. Ele tem um limite. É preciso uma proposta dentro do programa para elas [famílias] saírem da pobreza”, avaliou Eliana Magalhães, a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Para o economista Rodrigo Coelho, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o programa deixou de focar na capacitação do titular do cartão e melhorar o grau de escolaridade para inserção dele no mercado de trabalho. As mulheres são as responsáveis por 93% dos benefícios. “O mercado é exigente. Vários responsáveis não querem se cadastrar em cursos ou buscar emprego por causa da baixa escolaridade”.

A secretária Lúcia Modesto argumenta que não é uma equação de solução fácil. “A gente está falando de mulheres responsáveis por duas ou três crianças e que, geralmente, trabalham oito horas por dia. Não é uma equação simples. Essas mulheres estão nos microempreendimentos e gerando renda dentro da própria casa”, explicou.

Segundo levantamento do ministério, 42 mil beneficiários fizeram cursos nas áreas de turismo e construção civil em 16 regiões metropolitanas.

Agência Brasil