quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Políticas para a agricultura ajudam a reduzir a pobreza, afirma ministro

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse hoje (15) que além das ações emergenciais no combate à fome, as políticas voltadas à agricultura familiar têm contribuído para uma melhora no quadro brasileiro.

“A gente tem muito a comemorar, não só no Brasil, mas em todo o mundo”, disse ao comentar o relatório divulgado ontem (14) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O relatório mostra que, pela primeira vez em uma década e meia, caiu o número de pessoas famintas no mundo – uma redução de 9,6% em relação ao ano passado.

Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços, Cassel lembrou que o Brasil foi apontado pela instituição como o país com melhor desempenho no combate à fome e à pobreza.

Também ontem, um estudo divulgado pela organização não governamental Action Aid informou que o Brasil lidera, pelo segundo ano consecutivo, o ranking que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza.

Limite da propriedade

Guilherme Cassel, afirmou também ser favorável ao limite de propriedades rurais no país. Ele destacou, entretanto, que é preciso considerar as diferenças regionais de cada estado e que não é possível estabelecer um tamanho limite de área para todo o Brasil.

“Sou a favor que a gente limite o tamanho da propriedade. Não faz nenhum sentido, do ponto de vista civilizatório, inclusive, que uma pessoa detenha de 50 a 100 mil hectares de terra. Mas esse debate tem que ser feito sem nenhum maniqueísmo, um debate sério, voltado para as diferenças regionais do Brasil”, disse durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Cassel destacou que o interesse dos brasileiros é uma malha fundiária bem utilizada, com terras agricultáveis, produzindo alimentos em quantidade e qualidade suficientes para garantir segurança alimentar e preços baixos. “Esse é o debate que devemos fazer. Não é o debate exclusivo de limitar ou não limitar o tamanho da propriedade, mas como um país desse tamanho e com tanta terra agricultável pode tirar o melhor disso, produzir mais e garantir preço baixo”, concluiu.

Uma consulta popular sobre o limite de propriedades rurais brasileiras está sendo coordenada pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. O plebiscito tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional a incluir um inciso na Constituição que defina em 35 módulos fiscais a área máxima de cada terra.

Áreas com tamanho superior seriam incorporadas automaticamente ao patrimônio público e, posteriormente, destinadas à reforma agrária. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), mais de 50 mil propriedades serão atingidas em todo o país caso a proposta seja aprovada.

Portal PT

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