segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pronaf e Ater garantem mais renda e aumento da produção de agricultor do Norte

Com a ajuda da assistência técnica, Esmeraldo Pedroso, 45 anos, já acessou três vezes as linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no estado de Rondônia. Com os financiamentos, ele investiu na plantação de culturas permanentes, como pupunha, café e cupuaçu, e comprou máquinas agrícolas. Hoje, a renda bruta anual de Esmeraldo é de R$ 60 mil.

“Tenho prosperado desde que acessei o primeiro financiamento. Nunca imaginei ganhar tão bem”, diz Esmeraldo. Desse valor, 30% é para investir na sua propriedade de 95 hectares. O restante do orçamento vai para as despesas fixas e eventuais, incluindo os estudos dos filhos. “Não falta mais nada”, diz.

O agricultor, nascido em Santa Catarina, decidiu ir morar no Norte no início dos anos 1990. Depois de casar, comprou um terreno no distrito de Nova Califórnia, Município de Porto Velho (RO). “Depois que conseguimos comprar o sítio e com o acesso às linhas de crédito do Pronaf, começamos a plantar e não paramos mais”, conta.

Esmeraldo diz que antes das linhas de crédito ele trabalhava como peão nas fazendas. Agora, porém, sua realidade é outra. “Sinto vontade de melhorar e de crescer a cada dia. Diante das facilidades de acesso aos financiamentos oferecidos pelo MDA, hoje sei que isso é possível”.

Nos 20 hectares de área plantada, há palmito de pupunha, café, cacau, cupuaçu e castanha. Da andiroba e da copaíba, também cultivados na propriedade, são extraídos os óleos para o comércio de cosméticos e remédios. Aproximadamente 90% da produção do agricultor vai para a Associação dos Pequenos Produtores do Projeto Reca, responsável pela industrialização e comercialização da matéria-prima recebida do grupo de agricultores familiares associados.

Para diversificar sua produção e gerar mais renda, Esmeraldo procurou a ajuda da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) local para elaboração dos projetos técnicos. É o técnico quem verifica se há viabilidade ou não de produção na propriedade e retorna para fazer o acompanhamento do plantio.

Financiamentos

Com o primeiro financiamento de R$7,2 mil, acessado pela linha de crédito do Pronaf D, ele investiu na plantação de dois hectares de palmito de pupunha, copaíba, andiroba e outras plantas da região.

Com o aumento da área plantada, a demanda do serviço triplicou e ele sentiu necessidade de comprar um equipamento para ajudar nos trabalhos. Em 2008, Esmeraldo conseguiu outro financiamento pelo Pronaf D, no valor de R$ 8 mil, investiu na plantação de mais quatro hectares e comprou uma carreta para o seu trator. “O novo equipamento me auxilia no transporte da colheita”, esclarece.

Por último, acessou o Programa Mais Alimentos, e com o valor de R$ 13 mil, a juros de 2% ao ano, carência de três anos e prazo de oito anos para pagar, ele adquiriu uma roçadeira e uma enxada rotativa. Os novos equipamentos servem para capinar e auxiliam na plantação das mudas.

Futuro

A meta agora é adquirir um novo empréstimo por meio do Programa Mais Alimentos para financiar um caminhão, pois o custo para transportar sua produção é alto. “Gasto uma média de R$ 7 mil por mês de frete”, afirma o agricultor. Anualmente, ele produz em torno de 150 toneladas de culturas diversas, principalmente as permanentes como café, cupuaçu, palmito e a fruta da pupunha.

Rondonotícias

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