terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Palocci anuncia desistência em SP

A base aliada do governo Lula em São Paulo, com nove partidos, aumentou ontem a pressão sobre o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para que ele seja o candidato ao governo de São Paulo e desista da Presidência.

Caso Ciro resista, a opção será a candidatura do senador Aloizio Mercadante, como defende o presidente Lula. O deputado federal Antonio Palocci (SP), ex-ministro da Fazenda, oficializou ontem de manhã ao partido que não concorrerá às eleições para o governo paulista. A pedido de Lula, Palocci participará da coordenação da campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff.

- Mercadante deseja se candidatar à reeleição para o Senado, mas, caso Ciro resista, é praticamente impossível que não atenda a um pedido de Lula. Para o PT está claro que, sem Ciro, o candidato será Mercadante — disse um alto dirigente do PT.

Para o presidente do PT paulista, Edinho Silva, há no partido “um sentimento grande” a favor de Mercadante. O PDT faz coro com o PT.

- Vamos reunir as bancadas e lideranças de todos os partidos da base com Ciro, provavelmente no próximo dia 11. Será uma solicitação nossa para que ele aceite o pedido de Lula e se candidate em São Paulo. Se ele não aceitar, nossa opção é a do PT, que provavelmente sairá com Mercadante — disse José Gaspar Ferraz de Campos, da executiva estadual do PDT.

Na reunião de ontem, na sede do PSB, também estiveram PT, PDT, PCdo B, PSC, PTC, PSL, PPL e PTN: — Esse bloco unificado não é pouca coisa.

Estamos conversando com PHS e PR. Não queremos pressionar Ciro, mas precisamos agilizar a campanha no estado — disse Edinho.

Para o presidente estadual do PSB, deputado Marcio França, o único nome capaz de selar uma coligação entre os nove partidos é o de Ciro. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é a segunda opção do PSB, mas, segundo líderes ouvidos pelo GLOBO, ele não teria o apoio desses partidos no primeiro turno. Na reunião de ontem, as cúpulas partidárias nem discutiram a opção Skaf. PSB e petistas querem a coligação no primeiro turno, o que praticamente igualaria o tempo de TV da oposição (nove minutos) ao do governo tucano (dez minutos). (O Globo)

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