terça-feira, 10 de agosto de 2010

Desmatamento na Amazônia cai 49%

Amazônia: muda o perfil dos desmatadores

Entre agosto de 2009 e junho de 2010, o desmatamento na Amazônia caiu 49%. O governo alerta agora para o desmatamento em pequenas propriedades, que respondem por 66% do problema.

Segundo o governo, o corte é feito em pequenas áreas e burla a fiscalização por satélite

Ao anunciar ontem a queda de 49% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2009 e junho de 2010 em relação ao período anterior, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que houve mudança no perfil da destruição do bioma.

Ao contrário do que ocorria no passado, o corte de árvores registrado nos últimos balanços se concentra em pequenas áreas, fora do monitoramento em tempo real via satélite do sistema Deter, divulgado por mês.

Entre agosto do ano passado e junho foram desmatados 1.808 km2, contra 3.536 km2 registrados de agosto de 2008 a junho de 2009. Do ano passado para cá, todos os estados da região registraram queda no desmatamento, com exceção do Amazonas, que teve alta de 13%.

Quando começamos o monitoramento, o foco eram as grandes propriedades, acima de 1.000 hectares. Nelas houve queda do desmatamento nos últimos dez anos. Agora, o foco são as pequenas e médias propriedades, que vão puxando pouco a pouco (as áreas produtivas).

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, Gilberto Câmara, há oito anos 21% dos desmatamentos eram identificados em áreas com menos de 25 hectares. Já no ano passado, o percentual subiu para 66%. Os principais polos do desmatamento ficam na região de Novo Progresso (PA).

Outro foco é o de Lábrea (AM), onde há o encontro da BR317 com a Transamazônica. Izabella não culpou a presença de estradas pelo avanço da destruição.

Ela se limitou a dizer que o governo está investigando. Indagada se o governo concederá a licença ambiental para o asfaltamento da BR-319 (Porto VelhoManaus), previsto pelo PAC, ela disse que é preciso tomar ações preventivas para evitar o aumento das ocupações no entorno da estrada.

O Globo

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