quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Descentralização marca 10 anos de fórum mundial

Dez anos após seu surgimento, o Fórum Social Mundial retornará a Porto Alegre (RS) na próxima semana com estrutura diferente daquele evento lançado no início da década, para fazer contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Em vez de concentrar debates em uma única cidade, como ocorreu na primeira edição e nas quatro seguintes, o fórum dividirá suas atividades em ao menos 27 eventos regionais, nacionais e temáticos, no Brasil e exterior.

Âncora

O Fórum Mundial terá um seminário "âncora" em Porto Alegre - que já sediou quatro edições, incluindo as três primeiras. Foram convidados palestrantes que acompanharam o surgimento do evento, como o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e o líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile. A presença de chefes de Estado não está confirmada. Mas a organização aguarda o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26, além do presidente eleito do Uruguai, José Mujica, e o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera.

Enfraquecimento


A descentralização alimenta o debate sobre o possível enfraquecimento do evento. Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), uma das entidades do comitê internacional, lembra que, em 2008, o Dia de Ação Global do fórum teve atividades em 70 países. Em 2009 foi em Belém (PA). No próximo ano, quando o fórum volta a ser centralizado, será a vez de Dacar, no Senegal.

Os organizadores esperam 20 mil inscritos para atividades que, além da capital gaúcha, serão realizadas na região metropolitana de Porto Alegre, entre os dias 25 e 29 de janeiro.

"Foi uma demanda de um conjunto de organizações populares", diz o coordenador-geral da ONG Ação Educativa, Sérgio Haddad, sobre a descentralização.(O Estado de São Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário