segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dilma tira votos de Serra nas capitais

Sangria de tucano nas principais cidades é decisiva para consolidação de vantagem da petista, aponta Datafolha

Serra teve queda em 6 capitais, o que ajuda a explicar virada de Dilma; em SP, dianteira também está ameaçada

A queda de José Serra (PSDB) em seis das sete capitais onde o Datafolha realizou a última pesquisa ajuda a explicar a virada de Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência. As sete capitais concentram 15% do eleitorado, ou 20,3 milhões de eleitores. Nos últimos 20 dias, o tucano passou a ter a dianteira ameaçada até em São Paulo, seu reduto eleitoral e onde o PSDB exerce forte influência na gestão municipal.

Dilma subiu três pontos na capital paulista em relação ao levantamento anterior, passando de 34% para 37%. Ele oscilou um ponto positivamente -tem 40%.

QUEDA EM BH

Os índices apontam que, hoje, os dois estão tecnicamente empatados na cidade, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A queda mais acentuada de Serra ocorreu em Belo Horizonte, onde perdeu nove pontos -tem 32%. A capital mineira também registrou virada de Dilma, com 34%. Em Salvador, o tucano tem seu pior índice -16%, ante 48% da petista.

No Estado de São Paulo, Serra perdeu três pontos nas últimas semanas -tem 41%-, sinal de que a queda ocorreu no interior, onde o PT faz forte campanha contra o preço dos pedágios. Dilma ganhou quatro pontos no maior colégio eleitoral do país e marca 34%.

O comando da campanha de Serra diagnosticou risco de queda na capital há 20 dias. Desde então, o candidato concentra a agenda em bairros da periferia, como Heliópolis, onde visitou programa habitacional. A campanha avalia que foi essa a faixa em que Dilma cresceu, na esteira da popularidade de Lula. "O que ela tem agora não é por ela", diz o governador Alberto Goldman.

Ontem, em visita à Bienal do Livro, Serra negou que vá intensificar agenda em SP ou fazer qualquer alteração em sua estratégia.

Folha de São Paulo

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