segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lula: Geração de empregos e combate ao crack são prioridades até o fim do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou hoje (24) os dados mais recentes de geração de emprego no país e disse que a meta é chegar ao fim de 2010 com saldo de 2 milhões de novas vagas.

No último mês, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho registrou a criação de 305.068 postos de trabalho, recorde para um mês de abril desde o início da série histórica.

“Estamos trabalhando com a hipótese de que cheguemos ao final do ano com 2 milhões de empregos criados somente este ano. Se o Brasil continuar assim, eu penso que nós daremos um salto de qualidade extraordinária para ser um dos países do mundo com o menor índice de desemprego”, disse Lula em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente.

Até o fim do mandato, o combate ao crack também será prioridade de Lula. Os R$ 410 milhões previstos no Plano Integrado para Enfrentamento do Crack, lançado na última quinta-feira (20), serão investidos no treinamento de profissionais da rede pública de saúde e assistência social para tratamento de usuários e famílias.

Segundo Lula, o plano também prevê a reinserção social e ocupacional dos ex-usuários.

O presidente disse que o crack “ é uma droga nova, devastadora”, que por ser muito barata alcança muitos usuários e que o governo precisará do apoio de estados, municípios e da sociedade civil para enfrentar o problema.

“É uma luta de todos. Antigamente você achava que droga só tinha nas grandes cidades, o crack está indo para o interior, para as cidades pequenas. Então, nós temos que ter muito mais unidade para combater esse tipo de droga”.

Acordo nuclear com o Irã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse também durante o programa de rádio que a entrega da carta à Agência de Energia Internacional de Atômica (Aiea) pelo Irã será o primeiro passo para o cumprimento do acordo sobre a troca de material nuclear.

No documento, o Irã deve informar detalhes da troca de urânio negociada na última segunda-feira (17). O objetivo é que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, envie 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. O enriquecimento do material deverá ser feito sob supervisão da Aiea, dos turcos e iranianos. Em troca, o Irã receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.

“Tudo aquilo que foi acordado conosco, está começando a ser cumprido agora. Depois da carta vem as conversas com a agência, vem o depósito do urânio na Turquia, e depois, aí, o prazo para que o Irã receba já o urânio enriquecido”, avaliou Lula.

Lula disse que o acordo foi a “abertura para começar as negociações” sobre o programa nuclear iraniano, que preocupa as potências ocidentais. “Nós não fomos lá para negociar acordo nuclear. Fomos lá para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar à mesa de negociações, e isso nós conseguimos”, disse Lula.

Com isso, a expectativa dos governos do Irã, Brasil e da Turquia é impedir a aprovação de sanções, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, contra os iranianos. No entanto, os Estados Unidos atuam paralelamente, levantando dúvidas sobre o eventual cumprimento do acordo e seus efeitos por parte do Irã, e mantêm a defesa das sanções. (Agência Brasil)

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