quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ibama inutiliza gaiolas de pássaros e petrechos indígenas com penas de animais silvestres em RO

Na manhã desta quarta-feira foram inutilizadas mais de 90 gaiolas de pássaros e peças de artesanato indígenas, que foram aprendidas em operações rotineiras de fiscalização do setor de Fauna e Dicof da Superintendência do Ibama Rondônia nos últimos dois meses, este é um trabalho rotineiro, visto que, desde novembro de 2008, já foram recolhidas e inutilizadas mais de seiscentas gaiolas.

O ato de inutilizar as gaiolas utilizando um rolo compressor tem como principal objetivo sensibilizar a população quanto à captura e manutenção em cativeiro de animais silvestres, visto que a Amazônia é um dos locais mais visados pelos contrabandistas de biodiversidade. Os animais, que são fruto de ilícitos ambientais são soltos novamente na natureza, após uma verificação minuciosa de seu estado de saúde e condições de sobrevivência em seu habitat natural, enquanto as gaiolas são destruídas para evitar a sua reutilização.

Além das gaiolas foram destruídos: brincos com penas de pássaros; pulseiras e colares de penas e dentes de animais; prendedores de cabelo com rabos de quati e diversos artigos culturais indígenas, dentre outras peças, que exploram, mutilam e destroem nossa fauna, para servir de adorno aos que se dizem “amantes da natureza”. A arte plumária pode até ser atrativa aos que a adquirem, porém são imprescindíveis para os animais, que perderam suas vidas ou foram mutilados para alimentar esse comércio ilegal.

Esta ação ocorreu no parque municipal de Porto Velho e contou com a presença do superintendente do Ibama-RO, César Luiz da Silva Guimarães e do Secretário de Meio Ambiente de Porto Velho, Aguinaldo Ferreira dos Santos, além da imprensa local.

Segundo o superintendente: as florestas estão sendo derrubadas e incendiadas, fazendo com que a fauna se transfira para pequenos fragmentos de mata que infelizmente recebem as inconvenientes visitas dos caçadores e traficantes de animais, que os retiram para alimentar essas práticas ilegais. Devemos refletir a respeito e não adquirir esses artigos, pois esse não é o destino que devem ter os animais silvestres que infelizmente estão saindo de seu habitat, deixando de prestar os serviços ambientais, para simplesmente servirem de adorno ou bijuteria, salienta.

Amar a natureza é dar liberdade à vida que ela contém. Na Lei de Crimes Ambientais, Lei da Vida, é previsto o crime de “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória…” diante de um crime ambiental disque: 0800 618080 a Linha Verde do Ibama. (Ibama)

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