terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Padilha rebate críticas à ministra

O ministro da coordenação política, Alexandre Padilha, reagiu às críticas da oposição à ministra Dilma Rousseff. Após reunião da coordenação de governo, Padilha afirmou que "a liderança de Dilma foi comprovada quando ela elaborou o Plano Nacional de Energia Elétrica que afastou os riscos de racionamento de energia elétrica no país". A declaração foi mais uma resposta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que a ministra é reflexo de um líder. "Liderança não se mede por fidelidade, mas pelo protagonismo", acrescentou o ministro.

Padilha disse que a trajetória de Dilma mostra que ela está acostumada a enfrentar desafios. "Ela foi secretária de Fazenda e de Minas e Energia no Rio Grande do Sul no início dos anos 80. Depois, foi a primeira ministra de Minas e Energia do país e a primeira chefe da Casa Civil no Brasil", completou o ministro.

Mais cedo, após reunião da coordenação política, Padilha havia dito que o artigo publicado pelo ex-presidente no domingo em "O Estado de S. Paulo" não foi comentado durante o encontro. Mas defendeu a estratégia adotada pelo comando de campanha de Dilma em comparar os oito anos de FHC com os oito anos de Lula. "Enquanto a oposição não falar o que quer fazer com o Brasil daqui para frente nós vamos comparar com o que eles fizeram antes de nós", disse.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse que as críticas de FHC tornam mais fácil a disputa eleitoral porque o partido poderá vincular o governo do ex-presidente com o candidato tucano: "No desespero dos tucanos, ele resolveu aparecer. Quanto mais ele fala, mais fácil é fazer o vínculo do Serra com o Fernando Henrique e com o governo Fernando Henrique."

O líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza (PT), disse que FHC faz um discurso isolado porque nem os candidatos tucanos querem destacar a gestão do ex-presidente. "Ele vai atrapalhar ainda mais os candidatos dele, que querem escondê-lo. Ele precisa ter cuidado, senão vai se desmoralizar e aumentar a sua rejeição, maior do que já está." (Valor Econômico)

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