terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Congresso definirá alianças", diz Dilma

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse ontem, em Florianópolis, que é o congresso do PT, previsto para fevereiro, e não o Processo de Eleições Diretas (PED), ocorrido ontem, que irá decidir a política de alianças partido nas coligações estaduais de 2010.

Candidata à Presidência da República, ela entende que "há realidades diferenciadas nos Estados" e que uma linha sobre o que deverá ser feito sairá do Congresso do partido. "Não é (algo que vem) dos Estados, é superior até ao diretório regional. O Congresso define a orientação política. E tenho absoluta certeza que serão respeitadas as realidades, ninguém vai querer impor em Santa Catarina uma realidade que é da Bahia".

Dilma não descartou ter dois palanques em Estados onde haverá, possivelmente, um candidato do PT e outro do PMDB ao governo estadual. Relembrou, no entanto, a fala recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considera muito difícil os dois palanques. "Ele contou a história que teve dois palanques em Pernambuco: de um lado estava Eduardo Campos e do outro o Humberto Costa. Ele não disse que dois palanques eram inviáveis, o que ele disse é que para ter dois palanques é preciso ter um acordo muito claro entre as partes e foi isso o que ocorreu em PE. Houve um acordo respeitoso. O presidente não falou que era contra ou a favor. E não cabe a mim dizer como vai ser resolvido o conflito local entre partidos".

Para a ministra, "todos os pleitos são absolutamente justificados", tanto o do PT quanto o do PMDB. "A gente tem de olhar na oportunidade da eleição e ver. Se for inviável um acordo dos partidos, que se construam dois palanques. Eu acho que não tem problema. Não é possível a gente defender uma coisa que está na cabeça da gente e querer que a realidade se enquadre".

Sobre as recentes eleições do partido, que podem trazer de volta à Executiva do PT nomes que estiveram envolvidos nas denúncias do mensalão, disse que não se pode "afastar ninguém pelo desgaste". "A gente pode afastar se a pessoa cometeu algum delito, algum crime e por ele foi condenada, mas pelo desgaste, que partido seria esse que fizesse isso preliminarmente condenando alguém?", indagou a ministra.(
Valor Econômico)

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