quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Crescimento de Dilma faz PSDB e DEM se reunirem para analisar alianças

Reunidos ontem em Brasília numa tentativa para demonstrar unidade, os líderes de oposição demonstraram preocupação com o potencial de crescimento da ministra Dilma Rousseff (PT).

Além da pressão para que os tucanos antecipem a escolha de seu candidato à Presidência, os números da última pesquisa CNT/Sensus rondaram a mesa do almoço convocado para unificar a estratégia de PSDB, DEM e PPS.

Segundo participantes, o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), sugeriu até que se admita desde já a hipótese de crescimento de Dilma para não ter que se explicar depois: "Negar que ela vai crescer é negar o óbvio. Mas isso não nos preocupa, pois ela tem limites", disse Maia, à saída.

O próprio governador de São Paulo, José Serra (PSDB), adotou discurso preventivo em entrevista à rádio Jovem Pan. "Se você está ganhando uma partida de 4 a 0, acha que vai ser sempre assim? Não vai. Seria muita moleza [...] O resultado eleitoral do ano que vem não vai ser essa folga que as pesquisas dão, não."

Em evento na noite de ontem ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Serra não quis comentar a sucessão. Segundo a CNT/Sensus, 49,3% dos eleitores ouvidos não votariam em candidatos apoiados por FHC.

No almoço dos partidos, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pediu que se evitasse a discussão sobre prazos para a definição de candidaturas. "Já que o casamento é de interesse, tragam a noiva", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
PSDB e o DEM decidiram traçar estratégia mesmo sem definir entre Serra e o governador de Minas, Aécio Neves. Eles avaliaram que a campanha será cara e que é preciso unificar as ações na internet.

Ontem, Aécio relativizou o crescimento de Dilma. Para ele, o aumento das intenções de voto nela não acompanha o nível de conhecimento da ministra. "É natural que candidatos que tenham mais exposição, presença mais forte na mídia, cresçam alguns pontos."

O tucano -que visitou o arquiteto Oscar Niemeyer, que elogiou o presidente Lula, mas também disse que Aécio é "um candidato forte"- voltou a defender uma aliança com o deputado Ciro Gomes (PSB). Serra duvidou que os encontros entre Aécio e Ciro produzam algum resultado: "Ele [Ciro] não vai fazer nada que o Lula não queira".(Folha de São Paulo)

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